quarta-feira, 6 de abril de 2011

Protestos no Afeganistão contra queima do Alcorão já mataram mais de 20

Manifestantes queimam um boneco que representava o presidente dos EUA, Barack Obama.

Uma onda de protestos no Afeganistão contra um pastor americano que queimou um exemplar do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, já deixou ao menos 21 mortos nos últmos três dias.
Na tarde desta segunda-feira (4), uma manifestação na província de Laghman, no leste do país, quase se tornou um tumulto quando cerca de 300 manifestantes, munidos de pedaços de madeira e pedras, atacaram os policiais que tentavam conter a multidão. Em resposta, os policiais dispararam tiros para o ar na tentativa de manter os manifestantes fora da cidade. Dessa vez, ninguém ficou ferido.
De acordo com autoridades locais, os protestos ficaram mais violentos por causa da participação de insurgentes nos atos. Os distúrbios começaram em várias cidades do Afeganistão na última sexta-feira (1) e o mais violento aconteceu na cidade de Mazar-e-Sharif, onde uma multidão invadiu a sede local da Organização das Nações Unidas (ONU) e e matou sete trabalhadores do órgão.

IncêndioO polêmico pastor evangélico americano Terry Jones queimou um exemplar do Alcorão no dia 20 de março, em uma igreja de Gainesville, na Flórida. Jones queimou o livro sagrado dos muçulmanos, pois o considera "culpado" de vários assassinatos.
Segundo a agência AFP, esse ato de protesto foi condenado pelo presidente dos EUA Barack Obama. "A profanação de qualquer livro sagrado, incluindo o Alcorão, é um ato de extrema intolerância e fanatismo", disse Obama em um comunicado. "No entanto, atacar e matar pessoas inocentes como resposta é atroz, e uma afronta à decência e à dignidade humanas. Nenhuma religião tolera a matança e a decapitação de pessoas inocentes, e não há justificativa para semelhante ato desonroso e lamentável", acrescentou o presidente dos Estados Unidos.

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